CABURÉ

(Imagem Pixabay)


Ao voltar a casa – em uma das noites de Novena à Nossa Senhora do Carmo, celebrada em uma pequena capela de nossa Paróquia – ingresso no claustro do Convento e percebo de repente o voo surdo de um vulto. A noite está fria, como são as noites de julho aqui em Minas Gerais. As aves noturnas têm voo silencioso, de modo que caem de improviso sobre suas presas. De repente, as luzes automáticas do claustro se apagam. Da cumeeira da casa, o olhar luminoso e penetrante da coruja me alcança. Nós nos olhamos, a pouco menos de dois metros, por um tempo infindável...  

de dentro do breu 
parece ver a minha alma — 
o caburezinho



Nota íntima, Diário
Julho de 2022
Seishin 清心

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