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Mostrando postagens de agosto, 2023

CÉU DE INVERNO

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  Imagem Pixabay céu de inverno — o frio da navalha em meu pescoço na barbearia   Ao ter a cabeça puxada pelo barbeiro, para passar a navalha em meu pescoço, vi de repente o céu de inverno...   清心 Nota solta, diário Belo Horizonte, 2022   P.S. “Nos dias ensolarados, o céu de inverno é limpo e azulado e, próximo do meio-dia, quase não há nuvens. Sensação de serenidade. Nos dias chuvosos, é um grande manto cinzento e pesado. Sensação de opressão.” ( Natureza, berço do haicai: kigologia e antologia. H. Masuda Goga e Teruko Oda. Empresa Jornalística Diário Nippak Ltda. São Paulo: 1996.)

GOLPE DE KATANA

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Imagem Pixabay Golpe de katana — Em duas partes a gota da chuva estival   Esse terceto é uma firula medíocre, surreal, que escrevi há algum tempo para uma trilogia de temática nipônica. Apesar de não ser um bom haicai – tudo de modéstia aí se perde, pelo que tem de artifício, mostrando-se a rigor pouco digno de respeito! – gosto dele e o incluí em meu inédito. [1] Gosto de sua imagética. É o recorte, conceitual, a impressão personalíssima de um momento de minha vida no caminho do haicai. Sua primeira redação, que sequer guardei, foi modificada. Dentre outras coisas, a chuva do último verso não se sustentava como kigo . Pretendia ser palavra de estação, mas se eu considerasse os períodos de incidência das chuvas no Japão, marcando fortemente mais de uma estação, não ficava claro em qual delas se situava a do haicai. Seria igualmente difícil situá-la nas estações do Brasil. Então, tempos depois, demarcando a sazonalidade, refiz o último verso. As chuvas de verão são fortes e